Um santo católico que conheceu as Cataratas San (São) Roque González de Santa Cruz na Igreja Matriz da Paróquia San Lucas, Ciudad del Este Paraguai (Região Trinacional) |
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quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Um Santo Católico nas Cataratas do Iguaçu, valeria um filme
terça-feira, 24 de setembro de 2024
As províncias chamadas Misiones: as atuais e a antiga
Mapa da mesma região mostrando com manchas verdes os antigos ervais (yearbales) do atual Oeste do Paraná a Porto Alegre e Yapeyu, daí aos rios Paraguai, Iguaçu. Vê-se também as estâncias jesuítas |
Por Jackson Lima
Há no Mercosul duas divisões político-administrativas chamadas Misiones. Uma na Argentina. Outra no Paraguai. O Brasil, não quis saber de ter nada oficialmente chamado Misiones ou Missões.
Por exemplo: o conflito territorial Brasil-Argentina (ou Argentina-Brasil) pelo espólio das Terras das Missões entre 1890 e 1895 foi chamado Cuestión de Misiones pelos argentinos e Questão de Palmas pelo Brasil. Por que Palmas em vez de Missões?
No fundo foi um esforço bem sucedido de fazer o brasileiro de hoje esquecer essa história de Misiones ou Missões assim apagando da memória o fato de que houve um dia uma região "jesuíta".
Mas mesmo assim, os gaúchos do Rio Grande do Sul mantêm na memória a ideia de uma Região Missioneira. É uma região Turística oficial do Estado composta por 46 municípios*. Sete deles foram diretamente originados das terras das Missões Jesuítcas. Os gaúchos do RS trabalham muito para atrair a atenção turística, cultural e econômica para a região Missioneira, também chamada Ciurcuito Missioneiro, Caminho Missioneiro e Rota Missioneira entre outros.
A Provínica de Misiones, Argentina, tem hoje 29.801 quilômetros, quadrados. O Departamento de Misiones, no Paraguai tem 9. 556 km². Juntos os dois medem 39.357 quilômetros quadrados. Isso é muito ou pouco? Comparado com o que foi, não é nada.
Não é nada comparadas com as divisões político-administrativas e religiosas que exisitiram anteriormente como a Paraquária até a expulsão dos Jesuítas do mundo espanhol em 1767. .
Mapa Paraqvaria vulgo Paraguay cum adjacentibus (O mapa Paraquaria vulgo Paraguai de 1665, criado por Joan Blaeu e Geraerd Goeck, Amsterdam / medidas 45 x 55 cm. |
Com a saída dos jesuítas e sua organização político-economico-cultural e religiosa ficou um vazio em toda a extensão das terras da Paraquária. A Espanha não querendo repetir o "erro" de ter a influência religiosa de volta no território orgaizou um governo civil, laico, criando assim a Província de Misiones a ser administrada por um Governo das Missões Guarani (Gobierno de las Misiones Guaraníes) que respondeu também pelo nome de Gobierno político y militar de los Treinta Pueblos de las Misiones Guaraníes (Governo político e militar dos Trinta Povos das Missões Guaranis). Este governo durou até 1820 com o fim das campanhas Luso-brasileiras (1816-1820) iniciadas em São Borja.
Todos os conflitos que aconteceram nos anos 1800 após essa data inclusive a Guerra da Tríplice Aliança tinham como alvo concretizar a nova divisão das terras deixadas pelas missões jesuítas na área do antigo Governo político e militar dos Trinta Povos das Missões Guarani.
Bandeira da Priovíncia de Misiones ou Província dos 30 Povos das Missões / Misiones (1767 -1820) do Governo Cívico Militar |
Algumas datas para que a gente veja no que deu:
1810 - Guerra da Independência Argentina
1811 - (Janeiro) Derrotada Expedição de Belragano ao Paraguai
1811 - (Maio) Independência do Paraguai
1816 - Começam invasões luso-brasileira
1817 - Francisco das Chagas Santos destroi a Redução de Santa Maria la Mayor em sua segunda localização entre outras
1820 - Fim oficial da Província dos 30 Povos das Missões
1820 - Paraguai ocupa território de Misiones criando uma rota Itapúa - San Borja. Cria-se "Trinchera de los Paraguayos", futura Posadas
1832 - Corrientes incentiva imigração de "argentinos" para o Norte da antiga Misiones oferecendo terras para quem quizesse explorar
1849 - Decreto paraguaio manda ocupar as missões entre o Paraná e o Uruguai
1864 - (14 de outubro) Começa a Guerra da Tríplice Aliança -Guerra Grande
1865 - (Outubro 3 e 4) Argentina ocupa Trinchera dos Paraguaios e Candelaria
1870 - (1º de Março) Termina a Guerra da Tríplice Aliança
1876 - Paraguai entrega parte das terras das Missões à Argentina
1881 - Criado o Território de Misiones, Argentina após sua separação de Corrientes e dada a largada para a corrida da erva mate
1954 - Território de Misiones passa a ser Província de Misiones (Argentina), con capital en Posadas , ex- Trinchera de los Paraguayos, ex-Trinchera de San José
NOTAS
P.S.: As imagens são de sites diferentes/ Buscando fontes
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
O Texto "A Mãe Paraguaia" publicado na Harper's Weekly en Fevereiro de 1870
Harper's Weekly - Um jornal de Civilização Nova Yrok, Sábado, 26 de fevereiro de 1870 |
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Susana e os anciões / Susana ha umi ansiáno (guaranime / en guarani)
DANIEL 13
1 Babilóniape oiko peteĩ kuimba'e hérava Joacim. 2 Upéi omenda peteĩ hembireko hérava Susana, Quelcias rajy, peteĩ kuña iporãitereíva ha okyhyjéva Ñandejáragui. 3 Ituvakuéra hekojojáva avei, ha omboʼe itajýrape Moisés léi heʼiháicha. 4 Joacim ningo peteĩ kuimbaʼe ipirapire hetáva, ha oreko peteĩ hardín iporãva, ojoajúva hógape. haʼe oñemombaʼeguasuvégui opa ambuégui.
5 Upe áñope voi oñenombra mokõi tavayguakuéra yma guaréva haʼe hagua hués, Ñandejára oñeʼẽ haguéicha, pe mbaʼe vai ou hague Babiloniagui umi hués yma guarégui, haʼetévaicha oisãmbyhýva tavayguakuérape. 6 Koʼãva oñongatu heta mbaʼe Joacim rógape, ha enterove ou hendápe ideprovéchova. 7 Umi hénte oho rire asajepyte, Susana oho iména hardínpe oguata hagua. 8 Umi mokõi ansiáno ohecha chupe káda día oikeha ha oguata. upéicha rupi hembipota hendy hese. 9 Ha ombojere hikuái iñakã, ha omboyke hesa, ani hagua omaña yvága gotyo, ni imanduʼa hagua huísio hekojojávare.
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
Imagens e Lembraças da Peregrinação de Santa maría del Iguazú 2024
Camila Christ de Garuhape. Misiones (Clique nas fotos para ampliá-las) |
Foto da Missa Central (10h) celebrada pelos bispos de Puerto Iguazú e de Oberá. Foto cortesia da Diocese de Puerto Iguazú |
quinta-feira, 20 de junho de 2024
O que é um "History Buff a quem o blog oferece informações?
A maneira que os búfalos (e bisões) se juntam no frio inspirou os bombeiros a apelidar os curiosos de "fire buffs" (Smithsonian Channel) O historiador é um profissional formado por uma universidade. Já o que os americanos chamam de "history buff" é um conhecedor de história porque ama a história, viaja para aprender história, gasta seu dinheiro comprando coisas ligadas à história. Por isso o ditado, "Não se treina um "buff", ele nasce" (A buff is not trained, but born / Robert W. Masters, 1967). O termo "history buff" é quase um "bullying". E não nasceu na área da história. Nasceu nos quartéis de bombeiros dos EUA especialmente Chicago e Nova York. Uma das boas coisas dos Estados Unidos é a oportunidade para a fábrica de hobbies que viram paixão. Observar passaros, observação astronômica, observação e catalogação de cachoeiras e cataratas, a paixão por aviões e a fotografia em aerportos (todo aeroporto sério deixa uma área para a bisbilhotagem aeronáutica) e neste caso, a paixão pelo trabalho dos bombeiros. Os praticantes deste hobby tinham radios de várias faixas de preço sintonizados na frequência de bombeiros. Muitas vezes quando os bombeiros chegavam no local do sinistro, eles já estavam. No inverno, às vezes cobertos de neve vestindo uns casacões enormes e amontoados para compartilhar o calor eles eram vistos pelos bombeiros. Um dia, um bombeiro disse: parecem uns búfalos amontados no frio. Pronto a imagem pegou. Fã das artes bombeiras ganharam o nome de búfalos. Mas apelido para ser bom tem que ser abreviado. Então de "buffalo", passou para "buff". Para diferenciar de búfalos do campo, o apelido completo ficou "fire buffs" - ou búfalos do fogo. Muita gente ganhou dinheiro escrevendo artigos e guias para fire buffs, discussão de equipamento etc. Na teoria, buff pode ser usado para qualquer fã. Mas ninguém sabe porque, a categoria que herdou o nome foi a galera dos amantes da história. Para esses, o nome ficou History Buffs e é para estes buffs que eu decidi criar este Travel Log (diário de Viagem). De alguma maneira me identifico com os history buffs, sem treinamento universitário e não muito impressionado com a história oficial. Turismo: herdeiro dos buffs O grupo que parece ter herdado esse nome foram os turistas em longas viagens ou em suas próprias comunidades caçando história. Eles visitam campos de batalha, vão ver arqueólogos trabalhando no campo, vão ver cidades antigas. Daí viraram os "history buffs". Por isso os municípios e estados que possuem história, devem pensar nos "buffs" e se prepararem para atendê-los. Eles nem sempre são professores de história ou historiadores. Eles são curiosos e amantes da história. São amadores sem significar que são "jecas". Dê um olhada no Google em inglês e pesquise: history buff tours, por exemplo. Amantes de futebol podem ser torcedores (hinchas), quem gosta de fotografar e corujar a vida privada de aviões em aeroportos são "spotters", quem viaja para observar pássaros são "birdwatchers" ou "twitchers" "birders", passarinheiros ou ainda "pajareros" em espanhol. Quem bate pernas para aprender história e entender o mundo são os "History Buffs". Há quem viaje para ver eclipses, ou observar os céus, UFOS entre outras e há "history buffs" procurando a história de todos eles por exemplo: lugares históricos onde começou a observação de aves. Quem inventou o primeiro livro de pássaros aí você pode querer conhecer o ateliê de Roger Tory Peterson. Será que preservaram? Se não preservaram como vamos saber a história dele e do hobby? E aproveitando, lembramos que no dia 28 de agosto de 2023 (este mês), o espaço cultural no link acima celebrará o 115º aniversário do nascimento de Roger Tory Peterson. O que você encontra neste blog Ofereço ideias de aventuras para history buffs na América do Sul por uma visão especial que adquiri ao longo da vida. Por esta visão e em relação a este blog, eu escolhi um tema: os jesuítas em geral na América do Sul. Na realidade, não na América do Sul inteira mas sim na parte da América do Sul que está dentro das Bacias Amazônica e do Prata. Essas são minhas bacias. Vivi e vivo dentro delas e elas são extensas. Na Bacia do Prata, dividida em duas partes, este Travel Log destaca 1) os remanescentes dos 30 Povos das Missões Jesuítico-Guaranis dependentes de Assunção e 2) os 10 Povos originados das Missões Jesuítico-Chiquitanas da planície boliviana ligadas às terras pantaneiras no Departamento de Santa Cruz, o maior do País, dependentes na época do vice-reinado do Peru. E na Bacia Amazônica? De novo, na Bolívia. No Departamento de Beni por onde correm os rios que viajam em direção aos rios Madeira e Mamoré além no rio Guaporé. Todos compartilhados com o Brasil no Estado de Rondônia.
Padre Samuel Fritz No rio Amazonas (Solimões) minha atenção se volta para o que se chama de Alto Solimões na antiga área de disputa entre Portugal e Espanha. Tabatinga, Amazonas começou de uma escola jesuita seguida por um forte militar dedicado a São Francisco Xavier. Jesuítas, espanhóis e e portugeses na Amazônia, autores das fronteiras atuais. O nome de destaque aqui é o do padre Samuel Fritz. Ele foi o autor do primeiro mapa de navegação do Rio Amazonas. Jackson Lima, Jornalista de Turismo / Tourism Writer / Tetã Jehechauka Haihára |
segunda-feira, 17 de junho de 2024
O livro "A MIssão" que deu origem ao roteiro do filme rodado em parte nas Cataratas do Iguaçu
O filme " A Missão" escrito por Robert Bolt (1924 - 1995) nasceu deste livro pelo mesmo autor. O livro serviu de base para o roteiro do filme estreado por Robert de Niro, com Jeremy Irons e Ray McAnally entre outras estrelas. O filme é considerado um "monumento cinematogáfico".
Um Santo Católico nas Cataratas do Iguaçu, valeria um filme
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Quem vier, de onde vier, que venha em paz! (Texto republicado) Escrevo nesta quarta-feira, 23 de março, noite de Lua Cheia do Cristo de 20...