Guido Boggiani |
Guido Boggiani, desenhista, pintor, fotógrafo e
etnólogo nasceu em Omegna, Itália. Estudou artes, produziu, expôs obras na
Itália e aos 26 anos atravessou o mar para apresentar seu trabalho em Buenos
Aires, capital da Argentina. Esse era o propósito original dele. Mas em Buenos
Aires ele escutou falar dos índios do Chaco argentino, paraguaio e brasileiro.
A cabeça de Boggiani foi virada pelo avesso e ele "escasquetou" com a ideia de
viajar ao Chaco e Pantanal e dedicar-se a retratar a vida, o dia a dia, a arte,
a história dos indios. Em 1888, ano em que a primeira expedição brasileira
chegava às margens do rio Iguaçu para fundar a Colônia Militar do Iguaçu,
Boggiani chegou a Assunção.
E tão rápido quanto foi possível, partiu para o Chaco especialmente para Puerto Casado, Paraguai, hoje uma cidadezinha de 7 mil habitantes às margens do rio Paraguai. Daí, partiu à pé até o Forte Olimpo também Paraguai. Lá, ele seus ajudantes embarcaram em alguns “catchivéus” (Canoas) e remaram até a Boca do Rio Nabileque. Subiram o rio até um acampamento Kaduveu. De lá, conta Giovanni em livro deixado escrito, embarcou numa viagem a lombo de boi até a capital do Nabileque – segundo ele – chamada Nalique. Onde ficará Nalique hoje? Isso foi há 132 anos.